sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Encontro Mensal dos Conselhos Municipais de Educação das Regiões AMVARS/AMPARA


A reunião mensal dos Conselhos Municipais das Regiões AMVARS/AMPARA aconteceu no dia 13 de dezembro de 2022, no município de Parobé. A temática do encontro foi sobre o fechamento do ano letivo 2022 e os impactos na gestão para 2023. 

Antes de iniciar com as discussões da temática, os CMEs de 12 municípios presentes assistiram à peça de teatro "o verdadeiro significado do natal" apresentada pelos estudantes do município, e também prestigiaram a apresentação do coral do Instituto Quero Quero e a uma apresentação de dança Hip Hop das crianças do município. 

A palestrante, Márcia Carvalho, abordou o tema do encontro provocando muitas reflexões acerca da dimensão pedagógica, dimensão administrativa e dimensão financeira. Destacou que, quando há um planejamento e quando se sabe onde chegar com a educação, a dimensão administrativa e financeira faz todo o sentido, ou seja, essas duas ultimas estão à serviço da dimensão pedagógica. 

O pedagógico nas escolas foi um grande desafio em 2022, mais que nos anos anteriores, pois as crianças retornaram ao contexto escolar após uma realidade em que não foi possível garantir o direito de todos e de cada um aprender. Garantir esse direito a partir de 2022 é uma tarefa de todos, mas para isso é preciso considerar as condições atuais das crianças, e investir para que ela avance consolidando as aprendizagens, preenchendo as lacunas que ficaram. Recompor as aprendizagens no sentido de restabelecer a conexão com as crianças e comunidade, diferente de recuperar o que não foi possível ensinar. 

Sobre a avaliação, a palestrante abordou a partir da perspectiva de instrumento de leitura daquilo que a criança mostrou no resultado avaliativo. A partir disso discutir quais estratégias utilizar para que a criança aprenda, considerando ainda que as estratégias não podem ser iguais para todos. 

A regra da LDB 9.394 de 1996 é a aprendizagem. A reprovação acontece quando há falta, quando não há aprendizagem. Por isso, é essencial que o/a professor/a tenha em seu planejamento, o ensinar e o aprender como dinâmicas articuladas.  

                                        CME/SL comprometido com a educação!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Terceiro encontro da formação "Em defesa do brincar livre - uma agenda dos Conselhos Municipais de Educação - CMEs" em parceria com o Instituto Alana


O terceiro e último encontro da formação: em defesa do brincar livre - uma agenda dos CMEs aconteceu no dia 01 de dezembro de 2022, e mediado por Charles Santos, responsável pelas mídias na Rede Nacional da Primeira Infância Rede Nacional para a Primeira Infância (RNPI). Cacau Leite e Mônica Samia do Instituto Alana falaram sobre o brincar livre e contribuíram de forma a provocar reflexões importante em torno do brincar. A formação é em parceria do Instituto Alana com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME). O tema deste encontro foi sobre o "brincar livre no currículo/cotidiano na Educação Infantil". 

As discussões provocaram os/as educadores/as a olhar para o brincar, de forma que as falas das crianças sejam acolhidas quando for pensar o cotidiano nas escolas, e que a criança tenha liberdade em seu brincar. A escuta atenta às manifestações das crianças qualifica o brincar, pois elas, quando permitidas a explorarem os espaços e os materiais, evidenciam o verdadeiro sentido do brincar, que é esta forma prazerosa e autêntica de se relacionar com os recursos para criar, imaginar situações brincantes em que se percebam felizes nos espaços da escola. 

Cacau Leite reforçou o papel do Instituto Alana que promove os direitos das crianças e dos jovens, o desenvolvimento integral e proteção social. Neste encontro a Cacau Leito falou do brincar livre, no sentido de a criança ter liberdade no brincar, tema que precorre o Instituto Alana, que defende a concepção de brincar, além de ser um direito, é também uma necessidade essencial na infância 

Faz uma chamada a todos os CMEs para discutir a pauta do brincar livre, dialogando com as escolas para que o brincar esteja presente no cotidiano das crianças, de modo que estas se reconheçam no espaço que respeita a essência do brincar, ou seja, o brincar espontâneo que promove uma relação autêntica com os brinquedos, espaço e com os pares.

Mônica Samia traz a defesa da infância plena, em meio às diferentes realidades que existem, pois é preciso reconhecer que há muitas infâncias, e que precisamos olhar para todas, em suas especificidades. 

As reflexões iniciais foram feitas sobre a categoria tempo, deste tempo importante dedicado a entender e a ouvir a criança, seus desejos, anseios, e suas experiências de brincar na escola. Isso é importante porque os/as professores/as repensam e qualificam as práticas pedagógicas, refletindo sobre a liberdade que as crianças precisam em seu brincar. 

Desta forma, o brincar promove aprendizagem, ou seja, brincar é aprender. Enquanto a criança brinca, ela aprende a todo instante. Nesse sentido, não se organiza práticas pedagógicas para pensar alguma aprendizagem. Este tipo de prática carrega uma concepção de que o brincar precisa ser conduzido por um adulto, e que nos momentos livres a criança brinca, mas neste caso não estaria aprendendo. Na formação foi trazido o brincar como alavanca da aprendizagem. 

O brincar que o Instituto Alana defende em parceria com os CMEs, não é este brincar que exige investimentos na compra de uma série específica de brinquedos para a primeira infância, que padroniza o brincar, e que coloca a criança em situação de poucas possibilidades de interação. No caso dos bebês, o espaço precisa ser aconchegante, com materiais de diferentes texturas, elementos da natureza, tecidos, bolas, cestos...estes materiais não requer muito investimento, por exemplo, e proporcionam muitas brincadeiras. No caso das crianças maiores, que gostam de brincar de casinha, os materiais domésticos são ricos recursos, assim como os materiais não industrializados, que oferecem outras experiências sensoriais, diferente de quando os brinquedos são todos de plástico e que já indicam como a criança deve brincar, empobrece as experiências sensoriais da materialidade e impede que ela tenha autonomia e crie as suas próprias brincadeiras.   

Ao brincar livremente as crianças se conhecem mais, convivem melhor e exploram de forma genuína os recursos que são disponibilizados. Tendo liberdade para brincar, a criança participa e expressa todos os seus sentimentos que ela aciona no ato de brincar.  

Os vídeos do primeiro https://www.youtube.com/watch?v=R_R7wJzy4ZM, do segundo https://www.youtube.com/watch?v=R_R7wJzy4ZM encontro e do terceiro https://www.youtube.com/watch?v=wRRi9oGTG8k estão disponíveis no canal TV UNCME. O primeiro aborda o tema "Quem é a criança na sociedade contemporânea, a potência do brincar para o desenvolvimento e as aprendizagens das crianças e tendo o brincar como um direito". O segundo encontro falou da importância do brincar livre para a saúde física, mental, emocional, em contato com a natureza e o brincar nas escolas. 

                                    CME/SL comprometido com a educação!