O Dia Internacional do Brincar foi instituído em 1999 pela Unesco (ONU) e é comemorado em vários países. No dia 28 de maio ocorrem festejos em várias partes do mundo, sob o estímulo da International Toy Library Association (ITLA) e da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBRI). No Rio Grande do Sul, através do Fórum Gaúcho de Educação Infantil – FGEI, este dia vem sendo divulgado a cada ano, lembrando que brincar deve fazer parte do dia a dia e não apenas ter um dia específico, mas a data marca a importância deste ato “BRINCAR”.
Então, o CME/SL está divulgando uma entrevista, postada no site do MIEIB em 2011, mas muito atual, com a Professora Rita Coelho falando sobre a temática:
MEC defende
brincadeiras em toda a educação infantil
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A
coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação
Básica do Ministério da Educação, Rita de Cássia Coelho, fala
à Folha sobre
a importância da brincadeira nos primeiros anos escolares.
FOLHA:
Qual a ênfase que o documento 'Diretrizes Nacionais da Educação
Infantil' dá à importância do brincar na educação infantil? É
suficiente?
COELHO: As
novas diretrizes da educação infantil dão à brincadeira um
papel estruturante. Elas determinam que o currículo da educação
infantil deve ser estruturado a partir de dois eixos: interações
e brincadeiras.
De
acordo com as diretrizes, a brincadeira tem uma função
importante que estimula a imaginação da criança. Por meio do
brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real,
tornar-se sujeito e partícipe. Ao brincar, as crianças exploram
e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem,
incorporando-se e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis
sociais e recriando cultura. Nos jogos de faz de conta, por
exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu
cotidiano, trazendo personagens e ações que fazem parte de suas
observações. As brincadeiras são repletas de hábitos, valores
e conhecimentos do grupo social ao qual pertence. Por isso dizemos
que a brincadeira é histórica e socialmente construída.
Brincar
implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social.
Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será
ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e
parcerias, promover a integração, planejar e organizar ambientes
instigantes para que as brincadeiras aconteçam.
O
professor precisa refletir sobre a importância e o papel das
brincadeiras no seu trabalho. E deve fazer de todas as atividades
de educar e cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na
alimentação, na escovação dos dentes, na "contação"
de histórias, no cantar, no relacionar. Brincar dá à criança
oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo.
Portanto,
do ponto de vista de diretrizes é suficiente, importante e
decisivo o que dizem sobre brincadeira. O desafio é como
concretizar isso.
Diante
de um tema tão importante nos anos iniciais, o MEC planeja
desenvolver uma ação diferenciada ou uma pesquisa?
O
Brasil tem vários grupos de pesquisadores que se dedicam a essa
questão e eles apontam evidências sobre a importância do
brincar. O Ministério da Educação dá providências para
implementar uma compra governamental de brinquedos, entendidos
como materiais pedagógicos da educação infantil e dos anos
iniciais do ensino fundamental.
O
que queremos com isso é dar uma identidade à educação infantil
e aos anos iniciais do ensino fundamental coerente com as
características desta faixa etária e com as necessidades das
crianças.
Como
avalia o tempo e o espaço dedicados ao brincar?
Na
educação infantil todo tempo deveria ser de brincadeira. O
brincar não é só uma atividade, mas uma forma de estabelecer
relações, de produzir conhecimento e construir explicações.
Então, na verdade, não deveria existir tempo de brincar pois na
educação infantil a brincadeira deve ser contínua.
preciso
pensar em como melhorar a qualidade dos espaços. O interessante é
que com o brincar, as crianças conseguem transformar os espaços.
Por isso é importante a escola potencializar outros espaços
disponíveis como as áreas externas, no entorno do prédio
escolar.
O
Ministério da Educação oferece assistência financeira aos
municípios e ao Distrito Federal para construção, reforma e
aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e
pré-escolas públicas da educação infantil, por meio do
Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de
Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil
(Proinfância).
Iniciado
em 2007, o programa formalizou até agora 2.348 creches em 2.151
municípios. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC 2), prevê o repasse de recursos para a construção de 1.500
escolas em 2011.
Fonte:
UOL – Folha.com – Gabriela Romeu.
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