O Conselho Municipal de Educação (CME/SL) no dia 24 de setembro realizou a sua Plenária Ordinária mensal como de praxe, entretanto, a mesma realizou-se nas Faculdades EST e teve um foco específico: a Semana de Ação Mundial (SAM). A SAM ocorre simultaneamente em mais de 100 países e no Brasil ela é coordenada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação em parceria com outros movimentos, organizações e redes, e este ano com o tema “Direito à Educação Inclusiva: por uma escola e um mundo para todos”.
É importante frisar, que hoje no Brasil há, aproximadamente, 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que corresponde a um em cada cinco habitantes. Tais dados são imprescindíveis para a construção e elaboração de propostas pedagógicas que realmente sejam positivas para o processo de aprendizagem, tanto para os estudantes que estão matriculados na rede comum de ensino, como para os profissionais que atuam diretamente com estas crianças, adolescentes e adultos com deficiência.
O CME/SL, como órgão mobilizador e propositivo do Sistema Municipal de Ensino de nossa cidade (escolas públicas municipais e escolas privadas de Educação Infantil), teve a preocupação em ouvir diferentes perspectivas sobre o processo de inclusão dos estudantes com deficiência em nosso Sistema. Para tanto, tivemos a presença da Associação Pandorga, da Associação de Pais e Amigos dos Autistas (AMA/VS), da Secretaria Municipal de Educação através da Diretoria de Gestão da Educação Básica (Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo de Inclusão – NAPPI) e da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Emília de Paula.
Cada uma das instituições convidadas teve a oportunidade em apresentar o que vem realizando para a construção ou o fortalecimento das políticas públicas para as pessoas com deficiência, diretamente relacionadas ao processo de inclusão nos/dos espaços escolares. Não podemos deixar de expor que o relato do estudante Guilherme Torres, aluno do 6º ano da EMEF Maria Emília de Paula foi o ponto de maior intensidade da Plenária, pois este estudante apresentou o “Projeto Clube”, de sua autoria, que integrou a toda a comunidade escolar, mostrando que a inclusão é possível sim e que cabe aos espaços escolares terem este olhar, desafiando e propiciando a construção coletiva.
Agora o que nos desafia é construir políticas públicas que realmente incluam a todos nos espaços educativos, independente das condições físicas ou intelectuais e que a escola tenha um maior suporte das instâncias competentes, para que o sucesso escolar seja realidade em toda a nossa São Leopoldo.
Fabiane Bitello
Presidenta do CME/SL
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